ANÁLISE DA VIABILIDADE TÉCNICA DA UTILIZAÇÃO DE RESÍDUO DO POLIMENTO DE PORCELANATO (RPP) COMO ADIÇÃO POZOLÂNICA

Resumo

Na busca por soluções à problemática da destinação dos resíduos da indústria e por melhores práticas construtivas, que utilizem matérias-primas de origem sustentável, faz-se necessário o constante desenvolvimento e aprimoramento dos materiais utilizados, de forma que a utilização de insumos que antes teriam sua destinação como resíduo, venham a fazer parte de um novo processo produtivo. Nesta busca, porém, é necessário garantir a viabilidade técnica do uso de tais materiais, a fim de que a qualidade construtiva permaneça assegurada. Neste sentido, o presente artigo verificou a viabilidade técnica do uso do resíduo do polimento de porcelanato (RPP) de uma indústria de cerâmica da Região Metropolitana de Curitiba como adição pozolânica para uso em concretos e argamassas. O desenvolvimento deste trabalho se deu inicialmente pela coleta resíduo e em seguida pela sua caracterização química e física, de acordo com a NBR 12653 (ABNT, 2014). Como resultados, o RPP obteve em sua composição química somatório das quantidades de Fe₂O₃, SiO₂ e Al₂O₃ igual a 79,3% e perda ao fogo 7,79%, valores satisfatórios aos requisitos químicos exigidos pela norma; a resistência média à compressão simples em argamassas de cal hidratada com incorporação de RPP foi de 6,98MPa e o índice de desempenho de argamassas de cimento com incorporação de RPP foi de 94,28%, ambos os resultados atendeu os requisitos físicos exigidos pela norma. Com isso, pode-se concluir que o resíduo do polimento de porcelanato atende todas as especificações físico-químicas exigidas pela NBR 12653 (ABNT, 2014) classificando-se em material pozolânico classe N.